De Jeff Koons às ruínas da Primeira Guerra Mundial: exposições, ano 2014

Foto

O capacete que Shohei Tomatsu fotografou no pós-Nagasáqui integra "100 Years Later: Conflict, Time, Photography", que a Tate Modern inaugura em Novembro; Amos Gitai estará no Reina Sofía

Em Paris, o Pompidou retoma o contacto com os “instantes decisivos” de Henri Cartier-Bresson naquela que será a primeira grande retrospectiva dedicada ao fotógrafo e fundador da Agência Magnum após a sua morte, em 2004 (12 de Fevereiro a 9 de Junho), e associa-se com o Whitney Museum of American Art para antologiar a obra de Jeff Koons (26 de Novembro a 27 de Abril de 2015). Em Londres, a Tate Modern comemora o centenário da Primeira Guerra Mundial com uma grande exposição, 100 Years Later: Conflict, Time, Photography (19 de Novembro a 6 de Abril de 2015), que analisa o efeito do tempo sobre a representação fotográfica dos incontáveis conflitos que abalaram o mundo desde o século XIX, e o British Museum faz-se ao Mar do Norte para apresentar a epopeia Vikings: Life and Legend, que inaugura a nova Sainburys Exhibition Gallery (6 de Março a 22 de Junho). Em Madrid, o Prado analisará a influência da obra de El Greco em sucessivas gerações de pintores modernos, de Manet a Jackson Pollock, de Gabriel Orozco a Francis Bacon (24 de Junho a 5 de Outubro) e o Reina Sofía viajará pelos lugares e pelas personagens dos filmes e da vida do cineasta israelita Amos Gitai (5 de Fevereiro a 19 de Maio). 

A agenda preparada pelos principais museus europeus para 2014 inclui ainda visitas a pais fundadores como Veronese (Magnificence in Renaissance Venice chega à National Gallery de Londres a 19 de Março) ou Marcel Duchamp (no Pompidou, La Peinture, Même. 1910-1923, olhar especialmente iconoclasta sobre a obra precoce de um artista especialmente iconoclasta, abre a 24 de Setembro), Lucio Fontana (grande retrospectiva a partir de 25 de Abril no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris) ou Henri Matisse (cujos anos finais serão documentados como nunca antes em The Cut-Outs, com abertura marcada para 17 de Abril na Tate Modern). Mas a temporada de grandes exposições que agora começa fará também uma panorâmica sem precedentes da arte naïf produzida no Reino Unido (British Folk Art, Tate Britain, de 10 de Junho a 7 de Setembro) e permitirá a redescoberta (e nalguns casos mesmo a descoberta) de alguns dos mais importantes cronistas do século XX, como os fotógrafos Robert Adams (L’Endroit où Nous Vivons, Jeu de Paume, 11 de Fevereiro a 18 de Maio), Kati Horna (Jeu de Paume, 3 de Junho a 21 de Setembro) e Garry Winnogrand (Jeu de Paume, 14 de Outubro a 25 de Janeiro de 2015). 

Muito que fazer, portanto, mas também haverá tempo para brincar: mesmo aqui ao lado, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía inaugura a 30 de Abril a exposição Playgrounds, em que proporá “um olhar histórico-artístico sobre as áreas de recreio e o seu potencial socializador, transgressor e político, desde o início da moder-nidade até aos nossos dias”.

Sugerir correcção
Comentar