O filme remasterizado é aprensentado sábado no Festival de Cinema de Roma.
É já no próximo sábado que os espectadores do 5º Festival Internacional de Cinema de Roma vão poder ver o clássico do cinema italiano "La Dolce Vita" como certamente nunca o conheceram - restaurado e o mais próximo possível da "cor" que a obra de Federico Fellini tinha em 1960, aquando da sua estreia.
É uma "deferência" de Martin Scorsese, que através da sua Film Foundation, com o patrocínio da Gucci e os apoios do Centro Experimental de Cinematografia/Cinemateca Nacional italiana, da Fundação Jérôme Seydoux-Pathe, das empresas Mediaste, Medusa Film e da Paramount Pictures, procedeu, na Cinemateca de Bolonha, ao restauro da obra-prima protagonizada por Marcello Mastroianni e Anita Ekberg e que, entre muitas outras coisas, fez entrar a fonte de Trevi nos roteiros dos locais mais visitados pelos turistas de Roma.
"Fellini trouxe algo de novo ao cinema italiano e conquistou o mundo com ‘La Dolce Vota'. É difícil imaginar exactamente como era especial o ‘look' deste filme à época da sua estreia", diz o realizador de "Taxi Driver" num comunicado a explicar o seu interesse por esta obra.
A estreia da nova versão, recuperada a partir do negativo original em formato "widescreen", vai realizar-se numa sessão de gala num dos auditórios do Parco della Musica, o novo complexo projectado por Renzo Piano a norte de Roma. Entre os convidados para a sessão, que terminará com um jantar e baile, estarão figuras do cinema e da moda, como Eva Mendes, James Franco e Dante Ferreti.
Associada a esta "estreia", o Festival de Cinema de Roma, que começa amanhã e vai até 5 de Novembro, vai apresentar uma exposição intitulada "O Labirinto de Fellini", que reúne testemunhos do trabalho do realizador e algumas raridades, entre fotografias, desenhos, excertos de filmes e ainda uma instalação que reproduz cenários das suas obras.