É hoje editado "No Teu Deserto", de Miguel Sousa Tavares

Foto

Editado pela Oficina do Livro, chegou hoje às livrarias. O autor chama-lhe "um quase romance".

"No Teu Deserto", o novo livro de Miguel Sousa Tavares, editado pela Oficina do Livro, chegou hoje às livrarias. Dia 25 de Julho, na Comunidade de Leitura da Livraria Almedina do Atrium Saldanha, o autor chamou-lhe "um quase romance".

Tal classificação estabelece desde logo uma clara diferença relativamente aos romances históricos "Equador" e "Rio das Flores", as suas duas primeiras obras. Algo que não se reflecte no interesse manifestado pelo mercado. A tiragem é de 100 mil exemplares, a mesma das edições anteriores de Sousa Tavares, e, segundo afirmou ao Público Inês Queiroz, assessora de imprensa da Oficina do Livro, as reacções recolhidas pela editora, "quer dos livreiros, quer via e-mail", naturalmente as únicas para já disponíveis, "apontam para que não haja qualquer diferença no interesse público pela obra".

"No teu deserto" tem 128 páginas e, segundo o escritor explicou a 25 de Julho, em conversa com a jornalista Filipa Melo e em resposta às perguntas dos participantes na Comunidade de Leitura da Livraria Almedina, é "quase um diário de viagem" ou "quase um romance de amor". Foi um livro que escreveu ao longo de ano e meio, "essencialmente pelo muito prazer de escrever", e que lhe causou menos sofrimento do que a escrita dos livros anteriores. "É uma cambalhota à retaguarda, com flic-flac...", disse Sousa Tavares para explicar que esta ficção não tem nada a ver com as anteriores. Esta era a história que estava dentro do computador que lhe foi roubado em Outubro do ano passado.

A livraria Wook, responsável pelo pré-lançamento, divulga na sua página online excertos do livro: "Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar. (...)

Eu sei que ela se lembra, sei que foi feliz então, como eu fui. Mas deve achar que eu me esqueci, que me fechei no meu silêncio, que me zanguei com o seu último desaparecimento, que vivo amuado com ela, desde então. Não é verdade, Cláudia. Vê como eu me lembro, vê se não foram assim, passo por passo, aqueles quatro dias que demorámos até chegar juntos ao deserto."

Sugerir correcção
Comentar