“É na terra não é na lua” premiado em São Francisco

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O filme “É na terra não é na lua”, de Gonçalo Tocha, foi eleito o melhor documentário do 55º Festival Internacional de Cinema de São Francisco, nos Estados Unidos, anunciou a organização

O documentário, que retrata a vida da ilha açoriana do Corvo, recebeu o Golden Gate Award, que equivale a cerca de 15 mil euros, para melhor documentário em longa-metragem.

Gonçalo Tocha recebe este prémio semanas depois de ter sido distinguido na Argentina, onde o documentário conquistou o prémio de melhor filme na secção “Cinema do Futuro”, no Festival Internacional de Cinema Independente, em Buenos Aires.

O filme, com 180 minutos de duração, foi rodado entre 2007 e 2009 e estreou-se no Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, onde recebeu uma menção especial do júri, tendo depois vencido o prémio para a melhor longa-metragem no DocLisboa.

O realizador, descendente de micaelenses, nunca tinha estado no Corvo até ao dia em que partiu de S. Miguel, onde tinha apresentado o seu primeiro filme, à descoberta da mais pequena ilha do arquipélago, apanhando várias boleias de barco.

A pequena equipa filmou tudo o que conseguiu na ilha e acabou por fazer uma espécie de “arquivo contemporâneo em movimento”, disse o realizador à Lusa.

Gonçalo Tocha admitiu que entrou no Porto da Casa, no Corvo, sem “a mínima ideia” do que ia fazer, mas com a “ambição louca de filmar tudo e conhecer todas as pessoas”.

Nascido em 1979, Gonçalo Tocha assinou em 2006 a primeira longa-metragem, “Balou”, premiado no ano seguinte no festival IndieLisboa.
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