Rubem Fonseca confirmado no Correntes d'Escritas na Póvoa de Varzim

Foto
Rubem Fonseca vai estar na Póvoa do Varzim DR/Zeca Fonseca

De 23 a 25 de Fevereiro decorrerá na Póvoa de Varzim a 13ª edição do Correntes d'Escritas. O encontro de escritores de expressão ibérica foi reduzido a três dias por questões orçamentais. O escritor brasileiro Rubem Fonseca (Prémio Camões 2003) é o convidado especial e o ensaísta Eduardo Lourenço o homenageado.

D. Manuel Clemente, bispo do Porto, ira fazer a conferência de abertura da 13ª edição do Correntes d’Escritas, o encontro literário de escritores de expressão ibérica no dia 23 de Fevereiro, às 15h, na Póvoa de Varzim. O encontro, que este ano termina mais cedo, a 25 de Fevereiro, terá como convidado especial o escritor brasileiro Rubem Fonseca, Prémio Camões 2003, que no Brasil costuma recusar dar entrevistas ou falar em público mas participa com agrado em festivais literários no estrangeiro. O ano passado a vindo escritor chegou a ser anunciada mas por motivos de saúde não se confirmou. A editora Sextante está a reeditar a sua obra,  está nas livrarias portuguesas o romance “A Grande Arte” com prefácio do escritor Francisco José Viegas, o actual Secretário de Estado da Cultura, que irá estar presente na sessão oficial de abertura do Correntes d’Escritas e irá condecorar o escritor brasileiro.

Rubem Fonseca, 86 anos, é um dos participantes na primeira mesa do Correntes d’Escritas, dia 23 de Fevereiro, que tem por tema a frase do ensaísta Eduardo Lourenço - “A Escrita é um risco total”. Terá como convidados o próprio ensaísta e os escritores portugueses Almeida Faria e Hélia Correia e a escritora angolana Ana Paula Tavares. O director do “JL-Jornal de Letras, Artes e Ideias”, José Carlos de Vasconcelos, será o moderador.

O anúncio do vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de vinte mil euros, é um dos momentos mais esperados do Correntes d’Escritas. Acontecerá a 23 de Fevereiro, às 11h, durante a sessão de abertura onde será também lançada a revista “Correntes d’Escritas” dedicada ao professor Eduardo Lourenço e incluirá textos de Hélia Correia, Rui Zink, João Morales, Francisco José Viegas e Guilherme d’ Oliveira Martins. 

Da lista de mais de 200 livros, o júri, constituído esta edição por Ana Paula Tavares, Fernando Pinto do Amaral, José António Gomes, Patrícia Reis e Pedro Mexia, escolheu como finalistas: “A Cidade de Ulisses”, de Teolinda Gersão (Sextante); “As Luzes de Leonor”, de Maria Teresa Horta (Dom Quixote); “Adoecer”, de Hélia Correia (Relógio D’Água); “Bufo e Spallanzan”, de Rubem Fonseca (Sextante); “Do Longe e do Perto - Quase Diário”, de Yvette Centeno (Sextante); “Dublinesca”, de Enrique Vila-Matas (Teorema); “O Homem que Gostava de Cães”, de Leonardo Padura (Porto Editora); “Os Íntimos”, de Inês Pedrosa (Dom Quixote); “Tiago Veiga – Uma Biografia”, de Mário Cláudio (Dom Quixote). 

Durante três dias, estarão na Póvoa de Varzim mais de meia centena de escritores e 18 participam pela primeira vez neste encontro: Manuel António Pina (Prémio Camões 2011), Pedro Rosa Mendes, Gonçalo M. Tavares, Fernando Pinto do Amaral, Inês Pedrosa, Jaime Rocha, João de Melo, José Jorge Letria, Luís Quintais, , Manuel Jorge Marmelo, Manuel Rui, Miguel Real, Onésimo Teotónio Almeida, Patrícia Reis, Paulo Ferreira, Pedro Mexia, Rui Zink, Valter Hugo Mãe, Eduardo Sacheri, Rosa Montero, Manuel Moya, Luis Sepúlveda, entre outros. No último dia serão recordados no Correntes d’Escritas a professora Maria Lúcia Lepecki (1940–2011), o poeta Rui Costa (1972-2012) e o escritor brasileiro Moacyr Scliar (1937-2011).

Na conferência de imprensa de apresentação daquele que é considerado o mais importante encontro literário português que aconteceu hoje na Póvoa de Varzim, o vereador da Cultura disse que o orçamento deste ano é de 35 mil euros (em edições anteriores o Correntes d’ Escritas chegou a custar mais de 100 mil euros), sendo 50% comparticipado pelo Fundo de Turismo e a restante verba contará com apoios do Casino da Póvoa, embaixadas, empresas e a própria autarquia, escreve a agência Lusa. 
Sugerir correcção
Comentar