Três dias a comer livros

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O documentário Fed Up

Chama-se Food Book Fair, mas não é apenas uma feira de livros sobre comida. O festival, cuja terceira edição se realiza entre hoje e domingo em Brooklyn, Nova Iorque, pretende ser um ponto de encontro de “todos os entusiastas de comida, de chefs a artistas, escritores, designer e editores” que, juntos, vão “celebrar o cruzamento entre a cultura da comida e os sistemas alimentares”.

Na prática são três dias de acontecimentos, da música ao cinema, passando por muitas apresentações de livros, à volta do tema da alimentação. Já está em funcionamento há uma semana uma livraria pop-up com mais de 200 livros e dezenas de revistas, todos dedicados ao tema.

Algumas sugestões para quem esteja a pensar passar por Brooklyn este fim-de-semana: amanhã, sábado, entre as 12h30 e as 13h30, um debate organizado pela Phaidon, com a participação de Emilia Terragni, responsável pelos livros de comida desta editora, Alex Grossman da revista Bon Appétit, e Peter Meehan, editor da Lucky Peach, para discutir se os livros de cozinha devem ser apenas belos objectos, se têm de ser funcionais, ou se idealmente devem ser as duas coisas. Outro debate, logo a seguir (entre as 13h30 e as 14h30), vai pôr em causa os preconceitos ligados à raça e à comida, com a ajuda de autores como Bryant Terry, que apresentará o seu livro Afro Began, ou Fany Gerson, que escreveu My Sweet Mexico. A não perder, também, a estreia, domingo às 10h, do documentário Fed Up, seguido de uma sessão de perguntas com a produtora executiva Laurie David sobre o tema aí tratado: a epidemia de obesidade nos EUA e as responsabilidades que cabem não só às grandes marcas da indústria alimentar mas igualmente ao governo.

Quem quiser não apenas ouvir falar sobre comida, mas também comer, pode ir jantar no sábado ao restaurante Egg, que apresenta um menu inspirado no romance Não Matem a Cotovia, de Harper Lee. Todo o programa em http://foodbookfair.com/ 

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